terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Logroño-Ventosa

24/04/09

A arquitetura encantava...encontrei Frank na cafeteria...comemos "medialunas" e tomamos "café con leche". 


Passei por muitos parques em Logroño...limpos e bem cuidados.


Enchemos nossos cantis de água fresca em uma fonte...lembrando a lição número um do caminho...''água suficiente".

Os pescadores tímidos nos desejaram "buen camino"...e rindo retribuí com um "buena pesca!".


Como criança eu me assombrava com as coisas mais simples e banais...gostaria de continuar sempre assim.


Minha sensibilidade estava acentuada...meus sentidos estavam muito apurados...seria o cansaço da véspera? 

Meu anjo nevado continuava à minha direita...e Navarrete se aproximava.


Observei essa cerca que se estendia por muitos metros...o que seria?


Cheguei perto...cruzes e mais cruzes...perdi a conta de quantas seriam...simbologia do caminho.


Passei por essas ruínas de pedra...de um antigo hospital de peregrinos...San Juan de Acre.

Veria muitas delas...os antigos caminhantes  deviam adoecer bastante.  


No chão...o sinal de Navarrete...um dos mais bonitos do caminho...a concha e a espada crucífera.


A "Iglesia Parroquial de Asunción de Maria" do século XVI me olhava de cima com generosos olhos de acolhimento.


 No "pueblo" de quase 3000 habitantes com muitas ruelas...


Encontrei mais velhinhos simpáticos e tímidos...não queriam ser fotografados. 


Essa vila é muito conhecida pelas "alfarerias"...fábricas de cerâmica...pelo vinho...e pela bela porta românica do século XIII  do "cementerio"...peregrinos que morriam tinham que ser enterrados em algum lugar. 


Caminhei mais um tanto...o asfalto desprendia um calor terrível. 


Fui milagrosamente a primeira a chegar à pequenina Ventosa...sentei no chão...ao lado da porta do albergue San Saturnino que ainda estava fechado.


O hospitaleiro abriu a porta...o local era lindo...cheirava a incenso...e ouviam-se cantos gregorianos...para mim parecia a porta do céu  depois das últimas experiências.


Henrique, o responsável, percebeu minhas condições...uma bolha no dedinho do pé esquerdo...as mãos  rachadas...formigavam e doíam.


Pediu-me para tirar as botas e deixá-las num local apropriado junto aos bastões.


"Suba e escolha sua cama...depois eu pego seu passaporte e credencial...você precisa descansar".

Após acomodar todos ele veio me trazer um chá com algumas ervas e ver como eu estava...melhorei logo.

Ficamos em oito mulheres...cem por cento de privacidade...batemos palmas quando vimos que o quarto seria o clube da Luluzinha!


Preparei meu jantar..."capelletti ao brodo"...dividi com Paulo...brasileiro que chegou muito tarde.
Agradecido pelo jantar revigorante ele comprou o vinho e  lavou a louça...divisão de tarefas.

Ao sair na manhã seguinte Henrique me disse..."Leila lo peregrino camina quanto puede y no quanto quiere"...tentaria seguir seu conselho dali para frente.

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