Portomarin-Palas del Rey

17/05/09

Pelo asfalto...muito trânsito...distrito industrial...fábrica de cerâmica Puertomarin.

Outra fábrica...COREN...alimentos para animais...muita chuva.

O fluxo humano aumentava...Islândia...Croácia...Grécia...Filipinas.

Caminhos se cruzavam...trocavam-se aprendizado e conhecimento.

  

Pensava em como seria bom se mais pessoas pudessem vivenciar o que eu havia vivido...ali...naquela "quarentena". 

Deficiências...barreiras físicas...de idade...financeiras...limitações de tempo...não deveriam ser impecilho para isso...eu só não sabia ainda como fazer acontecer.

Surgiria a ideia do "blog" quase um ano depois...poderia compartilhar tudo...beleza...cultura...história...lendas...experiências...fé.

O dique represado começou a extravazar...lágrimas escorriam levemente pelo rosto...a mansidão invadia o meu coração.

 Isso não acontecia somente comigo...era quase uma regra...do final.

Rita Lee foi lembrada...cantei para minhas amigas espanholas..."o sexo frágil não foge à luta...gata borralheira você é princesa...".

Um brasão medieval  fixado na parede da "habitación" de pedras...marcava outro local histórico. 

Hóspedes ilustres haviam se hospedado ali...na Casa de Carneiro...a caminho de La Coruña.

Sob chuva intensa...abrigo num estábulo...na recepção...mugidos.

 

Pablo me ofereceu leite...tirado na hora...quentinho...a caneca nem era muito limpa.

Afloraram intensas recordações de infância...com meus primos...tios...avós...um tempo que jamais voltaria.

Passei pela Iglesia de San Tirso...em Palas del Rey...24 quilômetros.

Após a descida na entrada..à direita...pensão Casa Curro...perfeita.

Ofereceram-me internet...chá...mel para a tosse...guarda-chuva para passear...ainda sentia o odor das vacas...de seus dejetos.

Jantei sozinha...em frente à Prefeitura...brindei às  bolhas dos pés...aos calos das mãos...um ano após eles ainda estariam lá.