Agés-Burgos II
29/04/09 ainda
Aqui eu não era turista...mas uma andarilha meditante de "papete" e meias.
Embora cansada eu queria ver tudo...óbvio que não consegui...a Espanha vai me ver novamente...a Plaza Mayor era aconchegante.
O castelo imponentemente fechado e silencioso estava sendo restaurado.
Napoleão destruiu quase tudo quando invadiu Burgos...rindo perguntei para Christianne se ela era descedente dele..."non...non".
Burgos é uma cidade medieval...a segunda maior do caminho...culturalmente um marco da província de Castilla y Leon.
Plena de monumentos deve sua importância no Caminho à corte castelhana e aos seus reis que a incluíram na rota de peregrinação.
Não me lembro dos nomes de todos esses marcos...mostrarei apenas alguns.
O refúgio municipal Casa Del Cubo era bárbaro!
Moderníssimo...tinha elevador e a iluminação era toda feita com sistema fotocélula...você andava e ia tudo acendendo...corredores e banheiros...não precisava de lanterna à noite...quatro pessoas por compartimento.
Ponto positivo para a decoração, atendimento, acomodações e limpeza.
Na chegada o painel nos dava boas vindas...vale a pena ler o texto!
Éramos a atração turística nas cidades grandes do Caminho.
Todos os cidadãos andavam bem trajados e nós...detonados...uniformizados...mancos...FELIZES.
Todos os cidadãos andavam bem trajados e nós...detonados...uniformizados...mancos...FELIZES.
No alto um ninho de cegonhas visto em vários trechos do passeio.
O ponto alto de Burgos era sem dúvida a sua Catedral de Santa Maria iniciada em 1221...gótica e delicada...parecia uma jóia.
Era tão agradável ali que resolvemos sentar ao lado desse peregrino muito antigo...aqueceríamos o corpo com o sol de final de tarde.
Subimos ao mirante do Castelo de Burgos...sempre no alto por razões de segurança.
O castelo imponentemente fechado e silencioso estava sendo restaurado.
Napoleão destruiu quase tudo quando invadiu Burgos...rindo perguntei para Christianne se ela era descedente dele..."non...non".
De lá a catedral parecia e era enorme...a terceira maior da Espanha...via neve nas montanhas lá longe.
Ela abrigava muitas belezas...era muito fria...seus largos corredores gelavam o corpo.
Havia esse altar trabalhado em ouro...lembrei-me das igrejas de Minas Gerais.
Tinha que ter sido mesmo declarada Patrimônio Cultural da Humanidade.
Era delicada e tinha ao mesmo tempo traços fortes e marcantes.
Os muitos portões de ferro tinham um desenho antigo e ao mesmo tempo contemporâneo.
Procurava lá dentro o mausoléu de Rodrigo de Vivar e dona Jimeña.
Apelidado de El Cid do mourisco "sidi" que quer dizer senhor...no século XI o lendário e nobre guerreiro espanhol participou das batalhas entre as províncias cristãs e mouras e está enterrado aqui.
Ainda fui dar uma passada rápida pelo museu e apreciar um pouco da arte moura.
Hora da fome...pedi sugestões na rua e nos indicaram esse restaurante...imperdível o Morito...o relógio estava parado... queria uma pausa...como todos nós.
Era o último dia da Christianne no Caminho...voltaria no próximo ano para reiniciar suas etapas.
Lilianne da Normandia iria até Santiago.
Brindamos a isso e a nós mesmas...e comemos MUITO...de tudo!